Falar de Street Photo (fotografia de rua) é falar de Henri Cartier-Bresson.
Nascido na França em 1908, ele foi pintor antes de ser fotógrafo — e talvez por isso seu olhar fosse tão preciso quanto o traço de um pincel. Ao trocar o pincel pela câmera Leica, Cartier-Bresson transformou a maneira como o mundo enxerga a fotografia documental e o fotojornalismo.

Mais do que registrar fatos, ele buscava compor o momento. Foi o criador do conceito de “instante decisivo” — aquele exato ponto em que todos os elementos visuais, emocionais e simbólicos se alinham, e a fotografia acontece.
Para ele, a câmera era uma extensão do olho e da mente: observar, antecipar e disparar no momento certo. Nem antes, nem depois.

Henri Cartier Bresson - O Instante Decisivo

Cartier-Bresson percorreu o mundo com sua Leica, registrando cenas da vida cotidiana, grandes eventos políticos e transformações históricas. Esteve na libertação de Paris, na China durante a Revolução, na Índia pouco antes da morte de Gandhi.
Mas, acima de tudo, ele fotografava a vida em movimento — a criança correndo, o salto sobre a poça d’água, o olhar distraído que revela uma verdade.

Seu estilo era marcado por composição rigorosa, enquadramento geométrico e luz natural.
Nunca recortava suas imagens; acreditava que a força da fotografia estava em capturar a forma perfeita dentro da realidade.
Cartier-Bresson é, até hoje, referência para gerações de fotógrafos de rua, documentaristas e amantes do analógico — não apenas pela técnica, mas pela filosofia.

Henri Cartier Bresson - O Instante Decisivo

Ele nos ensinou que a fotografia não é sobre o clique, mas sobre o tempo.
Esperar o instante certo é um exercício de paciência, intuição e respeito pela vida que acontece diante da lente.

vou lhe dar um presente: Assista esse vídeo no Youtube, ele mostra muito da obra de Cartier Bresson

https://www.youtube.com/watch?v=14ih3WgeOLs

Cartier-Bresson nos lembra que fotografar é um ato de atenção — um diálogo silencioso entre o olho, o coração e o momento.